quarta-feira, 31 de maio de 2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

NARRAÇÃO ENDIABRADA (crônica do cotidiano)

Foto fidedigna dar dua nega se enroletando

NARRAÇÃO ENDIABRADA  

(crônica do cotidiano)

Tony Antunes

 

Linguagem coloquial de um “olheiro” narrando uma briga ocorrida na noite do dia do trabalhador, Sulanca dos Palmares:


MAR MININO DO CÉU!!!!

Acaba de sair uns tiro no pátio de eventos da Sulança dos Palmare, uma correria da desgraça!

Rapidinho um cara suspeito já foi pego pela puliça, que já saiu do local. 

No mermo momento, uma dar nega, que estava com o suspeito, se enroletou na tapa com outra! Que brabinha boy! 

O buruçú está acontecendo agora nesse instante, ao lado do mercado novo da Sulanca.

Alô puliça, a coisa tá terríveeee! Puxão de cabelo pra cá e pra lá, bofete e gritaria!

Tem uma maga que tá cá mulesta do cão. Parece que baixou os sete isprito dos tranca rua no corpo dela! 

Ela puxou uma gorda com os cabelo de fuá, ca nega parecia um saco de arrôi amarrado pelo mei.

Eita porra, a maga levou uma lapada que caiu toda arreganhada, parecendo um crucifixo, no mei da lama! 

Mulé feia da boba-serena! Mar ela não se entregou, nããããoooo!

Que maga virada da muganga, danooou-se!

Os ói da bixa tá todo arregalado, vermei feito os ói da Besta Fubana!

Pense numa baixaria da bobônica!!!

A puliça chegou de novoooo!

Agora sim, maga da peste, rai agora brigá cá puliça, vaiii maga do cão! Oia os homi aí, te enroleta cum eles, tu né braba!

Até que fim terminou essa zona toda! Quando os caba da lei chega, as fulêra fica tudo de cu fino, parece uns anjim. Mar são tudo umas peste!

Vô é pra casa dormir, agora!

Texto dito por boca de peido, eu gravei e transcrevi na íntegra!



Palmares, 01/05/2017