sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

ASSASSINATO DA PAZ (Por Tony Antunes)


ASSASSINATO DA PAZ
(Por Tony Antunes)

Com relação à matança nos presídios deste país tupiniquim, enxergamos a crueldade humana em desumanos corpos, agora defuntos da agonia, que apresentam à sociedade hipócrita - o Assassinato da Paz!

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Papa-figo ressurge na cidade dos Palmares, Zona da Mata Sul pernambucana! Por Tony Antunes


O Papa-figo está solto em Palmares


 Atenção mães e pais de crianças com idade entre 7 e 13 anos, por favor, não permitam que seus filhos saiam de casa a partir das cinco horas da tarde. Reapareceu em nossa cidade o que muitos pensavam ser uma lenda já extinta há muitos anos. Refiro-me ao Papa-figo.

O sinistro Papa-figo, também conhecido como o "homem do saco", não tem poderes misteriosos ou místicos, muito menos habilidades sobrenaturais. Mas possui o atributo mais perigoso que pode existir - a mente humanamente perigosa.

Originalmente o Papa-figo possui uma aparência comum, ainda que bastante feia. É descrito como um homem bastante velho e de jeito esquisito, é comum vê-lo sempre carregando um grande saco pendurado nas costas.

Devido ao seu jeito macabro costumar chamar a atenção das pessoas, por isso, o velho prefere agir por meio de seus ajudantes para atrair suas inocentes vítimas, em geral crianças com idades abaixo dos 7 anos. Mas há relatos de jovens meninos e meninas de 12 e 13 anos que tiveram seu sumiço associado ao Papa-figo.

Por este motivo, as autoridades da cidade orientam que os pais tenham muito cuidado com seu filhos e os mantenham em casa. Há relatos de crianças que já sumiram por conta do Papa-figo, que não tem dó nem piedade de nenhuma criança!
De acordo com uma das vítimas que por sorte do destino, escapou fedendo. Já fizeram um desenho mais ou menos parecido com o animal de alta periculosidade que anda por nossa cidade!
Se você ver alguém que tenha esta aparência, corra o mais que puder e procure as autoridades, pois o bicho é extremamente perigoso!

A caveira do mausoléu (Tony Antunes)


A caveira do mausoléu
(Tony Antunes)

Em nossa imaginação fértil de crianças, pensávamos que aquela caveira iria, a qualquer momento, nos atacar. Ao mausoléu dos antigos padres e freiras dirigíamos a nossa curiosidade. Queríamos saber se realmente ela se mexia, mas quem teria a coragem de vê-la se bulindo ameaçadora?
O medo tomava conta de toda a criançada, alimentado por uma antiga lenda urbana, criada com a intenção de amedrontar os supersticiosos e pivetes, que roubavam os vasos de flores, depositados ali no mausoléu, pelos familiares dos defuntos.
O mito da Caveira que se bulia, imperava nos corredores vazios, esquisitos e ameaçadores do Convento da ordem Terceira do Carmo, na Avenida Dantas Barreto, bem no centro do Recife.
Estávamos no ano de 1973, onde o pânico ganhava uma conotação ainda maior, com os boatos do aparecimento da “Perna cabeluda, do “Papa-figo”, da “Mulher do algodãoe da “Mulher de Branco.
Numa dessas tardes de inverno, onde a chuva aguça o nosso imaginário e o céu fica escurecido, parecendo que a noite matou o dia, fui desafiado pelos meus coleguinhas de classe, para mostrar a minha coragem. Eu deveria atravessar os corredores, entrar no mausoléu e demorar o máximo possível, sem temer àquela caveira. Como prêmio, eu ganharia os lanches de todos os que duvidassem da minha macheza. Como raramente eu levava algo para comer na hora do recreio, por conta da minha pobreza, impetuosamente, e no calor do momento, topei o desafio. Deixei-me levar pelos incentivos dos que acreditavam na minha afoiteza, e fui ao encontro do estranho mundo da Caveira do mausoléu!!!
A caminho, o eco das minhas passadas pelos corredores se intensificavam nos meus ouvidos, como se eu estivesse sendo perseguido por uma entidade desencarnada; quem sabe a alma daquela Caveira não estava a me acompanhar? Este pensamento foi tomando forma e os meus miolos começaram a ferver... De repente comecei a ver imagens surrealistas misturando-se às ideias de pavor que me arrepiavam todo o corpo e me faziam tremer dos pés à cabeça. Como num filme que retrata o fim do mundo, vi o céu e o inferno pintados no teto da igreja, onde brevemente eu faria a minha primeira comunhão. Tudo rodava na minha memória como um aviso sinistro: o carro de Daniel sendo arrebatado pelo fogo, as trombetas agudas tocando nos céus, os anjos sussurrando com olhar de reprovação e sobrevoando a terra, os gritos, gemidos e sussurros dos pecadores no fogo do inferno, as nuvens no maior alvoroço, os olhos de Nossa Senhora do Carmo com ar de quem ia me castigar, o cheiro das velas queimando, o Credo e a Ave Maria, a professora Maria Luíza com os olhos esbugalhados saltando das órbitas, as freiras com os terços nas mãos rezando na maior gritaria, minha cabeça rodando, meus coleguinhas correndo, minha mãe chorando, a lua caindo, o sol se apagando, a terra tremendo e eu... eu... eu...
Acordei duas horas depois na enfermaria do Convento, vítima de um desmaio súbito provocado por um forte desarranjo intestinal, causado pelo medo do desconhecido mundo da Caveira do mausoléu!!!