Maria de Lourdes da Siva (Minha mãe)
Neste começo de ano, em que as lembranças me apertam o peito, esmagam
minha alegria e abafam meu choro, sinto uma imensa saudade. Saudade da minha
mãe!
Justamente nesta época, há alguns anos, minha vida deu uma guinada que
deixou-me de ponta-cabeça. Fiquei só. Fiquei sem mãe. Aprendi na dura sorte que
quem tem uma mãe dedicada tem tudo. Eu fiquei sem nada desde o dia em que ela
partiu.
Num dia de 1º de janeiro, às 7 horas da manhã, ela bateu suas asas de
anjo para o além e se foi. Tenho certeza que contra a sua própria vontade, mas
sua missão havia acabado naquele fatídico dia da minha pré-adolescência.
Por inexperiência, eu não tinha a menor noção do porquê que aquilo
estava a acontecer na minha vida. Só sentia no peito uma angústia, um nó na
garganta que não me deixava chorar.
Mas, no dia do seu enterro, as portas lacrimais do meu coração
transbordaram de dor, melancolia e lágrimas. Ao vê-la no caixão, quase
sorrindo, mesmo estando morta, não aguentei. Caíram-me as fichas. Vi, naquele
momento, uma realidade dantesca, que até os dias de hoje ficou gravada na minha
memória: - A minha mãe estava morta!
As mães morrem, sobretudo as boas mães. Aproveitem-nas enquanto as tem.
Ame-as enquanto elas ainda existem, pois elas são portais pelos quais entramos
nesta vida, são anjos a nos auxiliarem nos aprendizados da nossa missão, depois
partem, assim, de sopetão. São arrebatadas de volta para os braços de Deus.
Parabéns por ter a sorte como nos de ter uma mãe presente...
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