quinta-feira, 11 de junho de 2020

A ÁGUA E O REGÁTOMO Tony Antunes




A ÁGUA E O REGÁTOMO
Tony Antunes

Liquidantes de outrora matinal
os rios das nossas lágrimas
nadam as amadas sedamantes
vestidas de mínimo regato – nuas.

Orfariando corações de alumínio
enferrujando ventríloquos de prata
no ouro opaco de saudade
a morte ri laminamente lânguida.

Lambendo as válvulas das ternuras
em pecados de cabrestos esporados
a súplica pede ajuda da tortura
porfilárica petulante e cesarina.

Ásperas flúbulas cinosadas
aos opacos lapsos de virilhas
fervem-lhe a morrer de tanta vida
afogada no regátomo do rio.

RESPEITE-SE OS DIREITOS AUTORAIS:

LEI Nº 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998


São José da Coroa Grande, 9 de junho de 2020

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