Tony Antunes
As mãos abertas estendem-se à caridade, tanto quanto à maldade. Buscam saciar a fome ou matar de fome, tirando o prato da comida alheia, a impedir que se consuma a esperança de barriga cheia.
Mãos são símbolos dúbios de vida ou de morte, de carícias ou de espancamentos, de ternura ou de desamor. Elas se arem às bondades e enchem almas de amor fraternal ante as maledicências humanas. Começam ou interrompem uma guerra, matam irmãos ou salvam, estranhamente, a qualquer um. Protegem florestas inteiras, mas podem incendiá-las.
As mãos são milagres que com suas palmas e dedos constroem mundos, descobrem outros e, ao mesmo tempo, os destroem.
Ter as mãos é a possibilidade de acolher, de distribuir sentimentos que se tornarão histórias de memórias afetivas.
Com as mãos unidas em oração agradecemos a graça Divina de podermos ver a Luz do dia, vivermos a Vida e de sentirmos o Amor do Deus dos nossos corações, que me possibilitou, com as mãos em concha, oferecer a vocês leitores e leitoras esta reflexiva crônica da gratidão.
Palmares, 2/4/2024
RESPEITEM-SE OS DIREITOS DO AUTOR:
Lei 9610/19 de fevereiro de 1998
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